quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Pregador de rua é indenizado em mais de seis mil dólares por detenção injusta por comentários sobre homossexualismo

BIRMINGHAM, Inglaterra, 14 de dezembro de 2010 (Notícias Pró-Família) — A polícia de West Midlands recebeu ordem de um tribunal de pagar a um pregador evangélico de rua de Birmingham que pregou que a homossexualidade é imoral mais de seis mil dólares, mais despesas legais por detenção e prisão injusta. Anthony Rollins, um pregador cristão que sofre de autismo, foi preso enquanto estava pregando no centro da cidade de Birmingham. Rollins foi acusado de violação da Seção 5 da Lei de Ordem Pública, um estatuto que foi fortemente criticado por restringir a liberdade de expressão.
O tribunal ouviu que em 24 de junho Rollins estava pregando a partir da Bíblia versão do rei James e expressou sua convicção cristã de que a conduta homossexual é moralmente errada. O Instituto Cristão, que representou o sr. Rollins, informa que um membro do público, John Edwards, fez objeção à mensagem, gritando “fanático homofóbico” antes de discar 999 e pedir intervenção policial.
Rollins foi preso na mesma hora, sem que a polícia fizesse mais questionamentos. Ele ficou detido por três horas e nunca foi entrevistado para se saber a versão dele acerca do que havia acontecido. O tribunal também deu o veredicto de que o policial Adrian Bill cometeu agressões e violência contra o sr. Rollins quando o algemou sem necessidade alguma.
Lance Ashworth, o juiz encarregado do caso, criticou o policial que fez a detenção, dizendo que ele havia feito a prisão “como uma questão de rotina sem parar para pensar nos direitos do sr. Rollins [à liberdade de expressão e liberdade religiosa]”.
Outro pregador evangélico de rua que foi preso antes neste ano por comentários que fez acerca da atividade homossexual comentou que a Inglaterra está se tornando um lugar onde a liberdade de expressar opiniões religiosas sinceras está sendo pisada. Em abril, Dale Mcalpine da Cumbria foi preso e acusado de usar palavras “insultantes” contrárias à Seção 5 da Lei de Ordem Pública, um delito criminal.
Mcalpine está pedindo que os cidadãos preocupados façam contato com seus parlamentares e peçam que o termo “insultantes” seja removido da Lei, ou outros correrão o risco de serem presos por expressarem suas convicções religiosas em público.
Embora as acusações tivessem sido descontinuadas, Mcalpine está processando o policial que o prendeu e o delegado da Polícia da Cumbria por detenção ilegal, prisão ilegal e interferência ilegal no direito dele à liberdade de expressão e liberdade de religião.
“Fui acusado de um crime, e solto com a condição de que eu não pregue num lugar público, nem mesmo em minha igreja”, disse Mcalpine.
A tradição na Inglaterra de pregar na rua remonta ao século XVII, e até recentemente era vista com ampla tolerância pelas autoridades. No século XVIII, quando o movimento metodista foi banido das igrejas anglicanas convencionais, seus adeptos, inclusive o fundador John Wesley, foram para as ruas para promover suas ideias.
Mike Judge do Instituto Cristão disse: “Nem todos gostam dos pregadores de rua, mas a pregação de rua é parte de nossa herança cristã. A maioria das pessoas simplesmente passa e ignora. A polícia não tem direito algum de prender cristãos por citarem a Bíblia. Os cristãos estão cansados de serem levados aos tribunais por causa de suas convicções. Não há dúvida de que há problemas na Lei de Ordem Pública e precisam ser consertados”, acrescentou Judge.
A Comissão Mista de Direitos Humanos do Parlamento, a organização de direitos civis Justice (Justiça) e o Instituto Cristão pediram que a Seção 5 da Lei de Ordem Pública seja emendada de modo que não seja utilizada de modo abusivo para interferir com a liberdade de expressão.
Traduzido por Julio Severo: www.juliosevero.com
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